agora vou cometer um poema panfletário:
guarde o velho
saque o novo
leia um livro útil
esqueça os cânones
sacrifique o sagrado
dignifique o novo
deixe o que passou no passado
leia o novo
potencialize o utilizável
a literatura celta do séc. XVII não presica do seu esforço
não acorde o dragão
esqueça os críticos
esqueça as teorias
esqueça as regras
destrua os panteões
derrube a dinastia
ouça o novo
cale o velho
LEIA LIVROS ÚTEIS
7.1.08
Assinar:
Postar comentários (Atom)
8 comentários:
levantando bandeiras;
meu deus, eu preciso [muito] ler =~
ah, esse me lembrou o Tim Maia Racional...
mas pq o rancor com os clássicos?
beijo,
Leia o inlível!
será que vc vê isso aqui?
vim pela sua menção de proteção ao meu gruninho no depósito.
Pra agradecer: Obrigado.
E pra ver se era bom poeta.
Desse eu não gostei.
Vou olhar outro.
e o que fazer com o saramago que é velho e novo?
Penso que devemos oscilar entre os dragões e os novos, numa boa medida. Ler o novo é negócio arriscado, afinal, o tempo quase sempre acaba dizendo quem vale a pena ser lido. É claro que muitos afundam na areia do tempo, mas o que se entende por dragão hoje competia com muita porcaria na época.
E ler Shakespeare, Wilde, Pessoa, Voltaire, Poe, Schoppenhauer, Kant, Dostoiévski, Tolstoi, Baum, Stendhal, Sartre e outros dragões doidos não é lá assim besteira.
Trocando em miudos, ler dragões é seguro.
E não tem só o saramago de velho-novo não. Pô, só aqui no Bratzille tem o Gullar, o Chamie, o Nelson Rodrigues, e uma porrada de gente fina.
O poema em si é quase poema-não-poema. E o imperativo continua a incomodar. A poesia em si é ousada porque se baseia na superficie de si mesma, digo, em sua linguagem denotativa. Não há desordem ou entropia metafórica, mas uma mensagem clara sobre o que se quer passar. Isso deixa o corpo sem graça, já que nem "regra" a gente têm. Não há a preocupação com as palavras em si, mas um apanhado de frases curtas dispostas uma embaixo da outra. Fica sem graça, poesia-fácil. Aliás, não-poesia. É texto de conselho, ou sei lá o que.
Mas, entretanto, aqui sim eu encontrei ousadia - que deve ser meu único elogio à poesia, ainda que o adjetivo seja apartidário. Seja, não gosto do que se faz nem do que se fala, nem do que se montara. Gosto da coragem doida.
Puta abração prucê, ramiro.
E visita direito lá o quadradovermelho e o manázinabre, certo?
mas gosta de polemizar, pfff
qntas pessoas, vc tá tão popular, chuinf... eu ando cada vez menos popular com vontade de me isolar numa ilha em Aracaju hahaha
agora vou-me embora ler um livro útil: MANUAL DE VIDEOCASSETE. Esse tá bom? Velho né? Talvez um manual de DVD PLAYER.
leio os dragões por segurança e os novos com medo.
ouço o velho por gosto e ouço o novo com vontade do velho.
porque acredito que ontem foi melhro que amanhã.
mas isso não importa.
Postar um comentário