7.1.08

agora vou cometer um poema panfletário:

guarde o velho

saque o novo

leia um livro útil


esqueça os cânones

sacrifique o sagrado

dignifique o novo

deixe o que passou no passado


leia o novo

potencialize o utilizável

a literatura celta do séc. XVII não presica do seu esforço

não acorde o dragão


esqueça os críticos

esqueça as teorias

esqueça as regras

destrua os panteões

derrube a dinastia

ouça o novo

cale o velho


LEIA LIVROS ÚTEIS

8 comentários:

Carol Almeida disse...

levantando bandeiras;

meu deus, eu preciso [muito] ler =~

Carol Almeida disse...

ah, esse me lembrou o Tim Maia Racional...
mas pq o rancor com os clássicos?

beijo,

drico disse...

Leia o inlível!

Heyk disse...

será que vc vê isso aqui?

vim pela sua menção de proteção ao meu gruninho no depósito.
Pra agradecer: Obrigado.

E pra ver se era bom poeta.

Desse eu não gostei.

Vou olhar outro.

Zé(d's) disse...

e o que fazer com o saramago que é velho e novo?

Victor Meira disse...

Penso que devemos oscilar entre os dragões e os novos, numa boa medida. Ler o novo é negócio arriscado, afinal, o tempo quase sempre acaba dizendo quem vale a pena ser lido. É claro que muitos afundam na areia do tempo, mas o que se entende por dragão hoje competia com muita porcaria na época.

E ler Shakespeare, Wilde, Pessoa, Voltaire, Poe, Schoppenhauer, Kant, Dostoiévski, Tolstoi, Baum, Stendhal, Sartre e outros dragões doidos não é lá assim besteira.

Trocando em miudos, ler dragões é seguro.

E não tem só o saramago de velho-novo não. Pô, só aqui no Bratzille tem o Gullar, o Chamie, o Nelson Rodrigues, e uma porrada de gente fina.

O poema em si é quase poema-não-poema. E o imperativo continua a incomodar. A poesia em si é ousada porque se baseia na superficie de si mesma, digo, em sua linguagem denotativa. Não há desordem ou entropia metafórica, mas uma mensagem clara sobre o que se quer passar. Isso deixa o corpo sem graça, já que nem "regra" a gente têm. Não há a preocupação com as palavras em si, mas um apanhado de frases curtas dispostas uma embaixo da outra. Fica sem graça, poesia-fácil. Aliás, não-poesia. É texto de conselho, ou sei lá o que.

Mas, entretanto, aqui sim eu encontrei ousadia - que deve ser meu único elogio à poesia, ainda que o adjetivo seja apartidário. Seja, não gosto do que se faz nem do que se fala, nem do que se montara. Gosto da coragem doida.

Puta abração prucê, ramiro.

E visita direito lá o quadradovermelho e o manázinabre, certo?

poetisanavegante disse...

mas gosta de polemizar, pfff

qntas pessoas, vc tá tão popular, chuinf... eu ando cada vez menos popular com vontade de me isolar numa ilha em Aracaju hahaha

agora vou-me embora ler um livro útil: MANUAL DE VIDEOCASSETE. Esse tá bom? Velho né? Talvez um manual de DVD PLAYER.

crap disse...

leio os dragões por segurança e os novos com medo.
ouço o velho por gosto e ouço o novo com vontade do velho.

porque acredito que ontem foi melhro que amanhã.

mas isso não importa.