Quatro anos e você volta para o mesmo subterrâneo. Quatro anos na mesma tarde fria. O final encontra o início no final. Você andou o mundo, abriu as portas, molhou o rosto. Conheceu os poetas magros sujos de lama, os operários que limpam os trilhos e perguntam como vai a família. Você deu um salto pra chegar ao andar de baixo. Ergueu a cabeça e fingiu prestar atenção – como naquele filme que passou no final do ano – esperando que ela se materializasse e agradecesse o interesse dispensado. Você foi, voltou, foi de novo, passou de volta, entrou, subiu, olhou a todos. E agora?
Agora volta pra casa, sozinho. Com as luzes da periferia.
7.12.07
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8 comentários:
uau.
(e uma bagagem feita pelo caminho).
atualizações, oba!
=@
ótimo isso.
é pra mesma pessoa do da carla, mas eu não escancaro tanto assim, rá.
tem gente que se empenha pra ser pretensioso, coisa linda de ver.
=*
que cousa isso.
essa hora da manhã eu não entendi nda.
Não entendi nada mais ta valendo.
As vezes a gente num entende aquela poesia do Alvarez de Azevedo e acha linda né?
Gostei bastante do seu blog.Parabéns pelo excelente trabalho.
Abraços
http://euheum-manias.blogspot.com
NESSAS HORAS, E DIANTE DE PERGUNTAS TÃO DIFICEIS... O MELHOR É OLHAR PRO LADO E GRITAR: TALVEZ PORRA! SÓ TALVEZ!
Volta e meia a gente volta a ver que verso e prosa é a mesma coisa. Que ver é ouvir com os olhos. Que tudo é uma coisa só, e que no fim das contas somos bebês no frente da mãe morta. Porque tudo volta ao início. "Os símbolos são redundantes: repetem-se para que a cidade passe a existir". E vai ser sempre assim e as imagens vão ser sempre as mesmas e nós seremos sempre os mesmos e sempre consideraremos a hipótese de sermos outros. E volta e meia a gente volta a ver que verso e prosa é a mesma coisa.
Quase.
Esse foi quase.
terminou mal (isso segundo eu, não leve tão a sério.)
O curtinho logo acima é bom.
Mas fazer poema curto bom é igual ganhar no bicho, sorte.
Mas é bom mesmo. E sendo sorte ou não é bom. Não taaanto.]
Valeu!
Abraço!
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